A Mandioca e o Polvilho

A Mandioca e o Polvilho

A mandioca, também conhecida como “aipim” ou “macaxeira” é considerada o pão de cada dia dos povos nativos do Brasil. Por mais que seja também cultivada em alguns países do Sudeste Asiático, da África e da América Central, é inegável que a planta seja originária da região amazônica na América do Sul. Os Tupis-Guaranis foram os responsáveis pelo domínio comestível da mandioca e pela sua difusão ao longo do continente.

Para conseguir usar a raiz como base de sua alimentação, os índios a deixavam de molho por três dias nas águas dos rios para que suas cascas se soltassem. Elas eram então raladas e a massa resultante era espremida para a remoção de todo o líquido, de onde era extraído o polvilho através do processo de decantação. A massa seca era torrada, resultando na farinha de mandioca.

Conceição dos Ouros é a pioneira na comercialização do polvilho e até hoje é a maior produtora de polvilho artesanal em todo o mundo.  Ostenta o título de Capital Nacional do Polvilho desde a década de 1970 e produziu 15 400 000 quilos desse produto no ano de 2008, segundo a Emater. O polvilho começou a ser produzido no local no início do século XX e a maioria da tecnologia criada para essa indústria surgiu ali na cidade. O município é também o maior produtor de mandioca do Estado de Minas Gerais: produz 15 mil toneladas ao ano e possui uma área plantada desta cultura de mais de 405 hectares, segundo o IBGE.